segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Madonna 50 anos Vai encarar?


Não será uma big festa na badalada Manhattan, coração de Nova York, como Madonna tinha planejado para seu aniversário de 50 anos, que acontece no próximo sábado. Ao que tudo indica, ela e o marido, o diretor Guy Ritchie, aproveitam a data para reunir um grupo pequeno de amigos, na sua residência em Londres, e renovar os votos matrimoniais em uma cerimônia da cabala. Uma forma de combater os boatos de que a relação não estaria bem das pernas? Pouco provável. O fato é que Madonna já não é uma garotinha (embora esteja em cima), seu lado místico parece cada vez mais forte e, uma semana depois, a cinqüentona cai na estrada.
No dia 23, começa sua nova turnê, Sticky and sweet, que deve passar pelo Brasil em dezembro, com uma apresentação no Rio de Janeiro (14) e três em São Paulo (18, 20 e 21). A informação ainda não está no site oficial da cantora, mas os estádios do Morumbi e Maracanã reservaram datas e a emissora Record já saiu na frente nas negociações para transmitir com exclusividade um dos concertos. Outra pista definitiva é a rede de lojas Renner, que foi divulgada como patrocinadora master das apresentações brasileiras, contribuindo com cerca de R$10 milhões. Por outro lado, a artista norte-americana será garota-propaganda da próxima campanha da marca nacional. Mesmo assim, tem gente que prefere não arriscar.
O arquiteto baiano Paulo Andrade, 39 anos, e mais sete amigos, por exemplo, já asseguraram lugar na estréia da turnê mundial, em Cardiff, no Reino Unido, com previsão de 59 mil pessoas na platéia. “Resolvemos não esperar. Além do mais, é um show gigantesco e não sei se para cá vem com toda a estrutura”, observa Andrade, que já assistiu a uma apresentação de Madonna em Londres e depois viu o mesmo show em São Paulo, e achou que no Brasil tinha menos recursos. A última vez que a cantora esteve aqui foi em 1993, com The girlie show. “Também tem a questão da idade, pode ser sua última turnê de porte”, cogita o fã.
Enquanto isso, Mariana Lins, 27 anos, prepara-se para ver pela primeira vez a artista no palco ao vivo – sim porque, DVD dos shows ela tem vários. “Sou mais ver os shows do que ouvir as músicas. Na performance, ela é imbatível”, avalia a gerente de recursos humanos. “Pensei em ir assistir na Argentina, mas não vou estar de férias no período. Agora estou torcendo para que venha mesmo. Rio ou São Paulo, eu vou”, afirma Mariana, que começa a articular agência de viagem, hospedagem e também uma caravana de amigos.
Cifras - Mesmo ainda não confirmada, calcula-se que a passagem de Madonna pelo Brasil custe cerca de R$20 milhões. Não é para menos. A ex-Material Girl Madonna Louise Ritchie (nascida Ciccone) é sinônimo de cifras. Sua última turnê, The confessions tour, de 2006, arrecadou US$260 milhões no mundo inteiro. Foi decisiva para a cantora, atriz e produtora encabeçar a lista das mulheres mais ricas da música no período 2006/2007. A megastar deixou nomes como Barbra Streisand, Celine Dion, Shakira e Beyoncé comendo poeira. E se reafirma como aquela que descobriu a fonte da juventude no panteão pop, afinal, quem mais pode se orgulhar de estar no topo há 25 anos?
A nova temporada de shows pelo mundo promete repetir a dose. O giro de Sticky e sweet pela Europa vai até final de setembro. Depois, vem a etapa norte-americana, com EUA, Canadá e México, finalizando em novembro. O Brasil encerraria a turnê latino-americana, que passaria ainda pela Argentina e Chile. Baseado no seu mais recente álbum, o fraco Hard candy, editado em abril, o concerto será mais com sucessos de carreira do que com as músicas novas, de acordo com o set list divulgado pelo tablóide inglês The Sun. Human nature, Vogue, Boderline, La isla bonita e Like a prayer estão lá. Mas, para quem já vendeu 63 milhões de discos só nos EUA, listar hits é fichinha.
“Espero que ela cante bastante coisa do disco Confessions on a dance floor (2005)”, torce o consultor financeiro Daniel Guedes, 28, carioca que reside em Salvador. Ele já garantiu seu ingresso para o show de Nova York, em outubro, mas do álbum, na apresentação, só vai ouvir mesmo Hung up. Mas isso é o de menos. O importante para ele é mesmo rever a Madonna no palco: “Até hoje não levei fé que ela venha para o Brasil. Da outra vez, também teve essa conversa e nada”.

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